
Quando inovar demais custa conexão: O caso do novo lançamento da Boca Rosa
Nos últimos anos, Bianca Andrade se consolidou como um dos maiores nomes do empreendedorismo feminino no Brasil. Com uma carreira marcada por autenticidade e conexão com o público, a empresária e influenciadora Boca Rosa criou uma marca de beleza que se tornou símbolo de representatividade e força no mercado. No entanto, o recente lançamento de sua nova linha de glosses, embora tecnicamente impecável, gerou discussões nas redes e levantou uma importante reflexão: até onde a busca constante por inovação pode comprometer a essência de uma marca?
A nova linha de glosses traz uma proposta mais minimalista, elegante e “clean”, o que contrasta fortemente com a identidade visual icônica construída por Bianca desde o início da sua jornada no mercado da beleza. Ao optar por embalagens mais sóbrias e uma abordagem visual distante do que os fãs estavam habituados, parte do público reagiu com frieza. Para muitos, o lançamento pareceu “flopado” não por falta de qualidade, mas por ausência de conexão.
“A gente observa um fenômeno perigoso no branding de marcas consolidadas: o excesso de inovação desconectada da essência. Toda marca precisa evoluir, mas jamais pode esquecer o que fez seu público se apaixonar por ela”, afirma Jennifer de Paula, premiada estrategista de marketing, especialista em neuromarketing e construção de imagem. “Quando você reconfigura demais a linguagem da marca, o consumidor sente que perdeu algo no caminho. E muitas vezes, não é o produto que flopou, mas o vínculo com a marca.”
O que ela fez de errado?
De acordo com Jennifer, o rebranding de Boca Rosa apagou características que antes eram marcantes, como o visual pop, colorido e impactante, que gerava alto engajamento e reconhecimento instantâneo nas prateleiras e redes sociais. “Hoje em dia, marcas que querem estar em todos os lugares o tempo inteiro com lançamentos frenéticos correm o risco de diluir sua própria força. Essa corrida por novidade pode custar algo que nenhuma publicidade paga: lealdade emocional.”
O exemplo da caneta BIC é emblemático nesse debate. Ao longo de décadas, o produto manteve sua essência: simples, funcional e visualmente reconhecível. Essa estabilidade se tornou parte de seu poder no mercado. “Nem sempre o novo é o melhor. Às vezes, o simples e o familiar é o que gera mais conexão e valor com o tempo”, completa Jennifer.
O caso do lançamento da nova linha de glosses da Boca Rosa não é apenas sobre beleza ou moda, mas sobre branding, comportamento de consumo e como as marcas precisam ouvir seus públicos. Ainda há tempo para reposicionar, reconectar e fortalecer a base fiel. Mas para isso, é necessário lembrar que branding não é só estética – é sentimento, é presença, é memória afetiva.

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Sobre Jennifer de Paula
Jennifer de Paula é uma Premiada Estrategista de Marketing, Pós-Graduada com MBA em Marketing e Negócios Interativos. Diretora de marketing e gestão da MF Press Global, agência de comunicação internacional, atua na construção de autoridade, posicionamento estratégico e gestão de imagem de grandes marcas e personalidades. Com um portfólio que inclui profissionais que somam milhões de seguidores, Jennifer é referência no universo digital, combinando estratégia, inovação e alta performance para transformar presença online em influência real.

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