Cultura para Todos: conheça a história da CAIXA cultural Brasília
Ela está lá. Faça sol ou faça chuva. Noite e dia. São quatro andares ao ladinho do edifício matriz da CAIXA. Acompanhada de um teatro e um foyer, a CAIXA Cultural Brasília ocupa uma área de 1,5 mil m² atua na preservação e na divulgação do patrimônio cultural brasileiro. No dia a dia, a unidade oferece programações diversificadas e de qualidade, com conteúdo acessíveis e inclusivos.
Isso tudo, não é por caso. O percurso da CAIXA Cultural Brasília se confunde com a evolução da sociedade e começa sua trajetória pela necessidade de conservação do rico patrimônio do acervo do banco.
O processo histórico integra a unificação das 22 caixas econômicas federais, em 1970, episódio que interferiu na centralização da sede na capital federal. Nessa época, já havia um movimento de empregados para preservar objetos históricos.
Dessa forma, ficou mais viável reunir e procurar objetos memoráveis. Houve uma proposta de criar um museu lotérico, o que acentuou a ideia de ampliação para outros segmentos: cadernetas de poupança, livros-caixa, cofres de valores, bilhetes de loterias, escrituras da casa própria e obras de arte, como de Djanira e Di Cavalcant, passariam a ser guardados em um único local.
“Ao longo da década de 70, formou-se uma comissão para trabalhar o acervo, que viraria museu”, lembra o artista plástico e empregado Alan Frutuoso, responsável pelo acervo. Segundo ele, funcionários e museólogos do mercado foram convocados na época. “Após 10 anos, todo esse material ficou em Brasília. O Conjunto Cultural tinha, basicamente, o Museu da Caixa”, complementa.
Conjunto Cultural da CAIXA
Em 12 de agosto de 1980, nasceu o Conjunto Cultural da CAIXA na capital do Brasil. Foi o primeiro espaço cultural instituído pelo banco. Além do museu, que ocupava todo o térreo da unidade com objetos que suscitaram curiosidade, tanto pelo visual quanto pela informação que traziam, havia também um auditório, uma biblioteca e uma pinacoteca.
Utilizado para fazer parcerias com as embaixadas, o auditório começou a atrair, além de reuniões de trabalho, projetos culturais, principalmente de cinema. Aos poucos, o espaço ficou conhecido por oferecer programação cultural.
Na década 80, o banco abriu uma galeria que recebia exposições de empregados, como a mostra Concurso de Arte Economiária. Havia também exposições individuais. Além disso, no ano de 1986, com a extinção do Banco Nacional da Habitação (BNH), a ocupação da unidade foi ampliada com a incorporação de um rico acervo artístico, composto por 246 obras de grandes nomes da pintura nacional como Anita Malfatti, Francisco Rebolo, Milton Dacosta, entre outros.
Reforma e nova fase da CAIXA Cultural Brasília
No início dos anos 2000, o espaço passou por uma reforma: o museu foi desmontado para criação de galerias mais especializadas e inserção de projetos de grande porte. Assim, o espaço começou a receber mostras maiores com artistas internacionais.
A unidade recebeu o nome “CAIXA Cultural Brasília” em 2005. No mesmo ano, o banco abriu o primeiro edital público para seleção de projetos em âmbito nacional. Atualmente, a unidade é composta por cinco galerias de arte: galeria Acervo (que divulga o patrimônio cultural do banco), galeria Vitrine, galeria Principal e as galerias Pícolas 1 e 2.
O público também tem acesso às salas de oficinas e um teatro, com capacidade para 406 visitantes. O espaço comporta ainda as reservas técnica, artística e documental histórica. Do lado de fora da unidade, dá para conferir o Jardim das Esculturas, que exibe peças do braziliense Omar Franco.
Ao representar a cultura, história e folclore dos estados brasileiros, há ainda a obra de arte Átrio dos Vitrais, do artista plástico e vitralista alemão Lorenz Heilmair, naturalizado brasileiro. A criação inclui 24 vitrais com 552 m². Em 1978, ele recebeu a encomenda de produzir os vitrais para a nova sede da Caixa.
Exposição com recorde de público
Vista por quase 90 mil pessoas em 2016, a exposição “Frida Kahlo: Conexões Entre Mulheres Surrealistas no México” atraiu o maior público na Caixa Cultural Brasília, ficando em cartaz entre os meses de abril e junho desse ano.
Amante da arte, a jornalista Catarina Boechat conta que a exposição marcou a própria vida. “Amei a exposição da Frida. Fui com a minha mãe e com uma tia. Estávamos muito animadas com a oportunidade de ver as artes da Frida. Lembro-me até hoje do clima do pessoal aguardando para entrar”, relata.
A jovem explica que acompanha as atrações da CAIXA Cultural Brasília há anos, e a considera como um dos espaços culturais preferidos da capital federal. “Minha mãe adorava levar eu e meu irmão para ver as exposições. Tomei gosto e sempre frequentei. Também ia a shows e apresentações de teatro. Com a pandemia, parei de ir. Tenho até que voltar a olhar a programação porque sempre tinha uma curadoria muito boa”, acrescenta.
O retorno da programação, após a conclusão da seleção pública, anima inclusive os funcionários mais antigos, como o seu Milton Lopes, que está há 35 anos na CAIXA Cultural Brasília. Já se aposentou, mas continua trabalhando na unidade. “Enquanto eu estiver em pé, vou trabalhando porque, se eu sair daqui, vou sentir falta”, comenta o senhor de 73 anos.
Os espaços culturais da CAIXA contam com programação de qualidade, gratuita ou com preços acessíveis. Para saber informações sobre a programação, acesse o site da CAIXA Cultural.
Serviço:
CAIXA Cultural Brasília
Local: SBS — Quadra 4, Lotes 3/4 — Asa Sul Brasília (DF)
Como chegar: Está localizada no Setor Bancário Sul, atrás do Banco Central do Brasil; perto da estação do metrô “Galeria” e da Rodoviária de Brasília.
Visitação: Terça a Domingo, das 9h às 21h.
Bilheteria: Terça a Sexta e Domingo, das 13h às 21h, Sábado das 9h às 21h.
Estacionamento gratuito para visitantes aos finais de semana e feriados, de terça a sexta disponível a partir das 18h.
Informações: (61) 3206-9448 e (61) 3206-9449
Bilheteria: (61) 3206-6456
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